terça-feira, 31 de maio de 2011

Aloysio Nunes aponta “vazio de poder e liderança” na política de segurança do Governo Dilma


Da tribuna do Senado, o senador Aloysio Nunes (PSDB/SP) apontou, nesta segunda-feira (30.05,) o “vazio de poder e liderança” na política de segurança do Governo Dilma Rousseff (PT), frisando que na raiz do problema está o descumprimento de promessas mirabolantes de campanha relativas à segurança das nossas fronteiras e ao tráfico de armas e drogas . Para Aloysio Nunes, trata-se do mesmo vazio de comando que paralisa o Governo, com o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, envolvido em graves denúncias de enriquecimento ilícito.

“Seria importante o Governo gastar na segurança pelo menos um centésimo da energia que usa para evitar que o ministro Palocci venha ao Congresso explicar como ficou milionário em quatro anos, exercendo a consultoria mais rentável do planeta, enquanto era deputado federal, coordenador de uma campanha presidencial e chefe de um governo de transição”, acrescentou. Aloysio Nunes comparou o descaso do PT nessa área com o empenho dos tucanos em São Paulo, governado pelo PSDB desde 95. Lá, o número de homicídios caiu de 39.7% para 10.2% para cada 100 mil de habitantes, no período de 98 a 2008. Para alcançar esse índice, pontuou Aloysio Nunes, os tucanos investiram maciçamente e compartilharam avanços tecnológicos para respaldam o desenvolvimento da polícia, dos exames de perícia e identificação de criminosos.

“Falta uma autoridade nacional capaz de unificar e generalizar essas boas práticas. A política de segurança do PT é absolutamente inexistente”, afirmou o senador. Ele chamou atenção para a reportagem veiculada neste domingo (29.05) no Fantástico, mostrando o crescimento vertiginoso do número de homicídios no Brasil nas cidades e estados que fazem fronteira com países vizinhos, nos municípios mais remotos e pequenos e até mesmo no entorno de Brasília, a capital federal. Em aparte, o líder Alvaro Dias (PR) salientou que por ser do Paraná vive as consequências da proximidade com a faixa de fronteira e tem a exata noção do que representa o contrabando de armas e drogas que se faz de forma muito confortável na fronteira entre o seu estado, a Argentina e especialmente o Paraguai, além da faixa de fronteira com o Mato Grosso do Sul.

“O Paraná tem sido o Estado onde há as maiores apreensões de droga exatamente em função da facilidade dessa passagem de um país para o outro sem o controle rigoroso que deve existir”, denunciou o líder. Alvaro Dias reafirmou que sem rigor na fronteiras, a criminalidade vai continuar crescendo avassaladoramente.

“A criminalidade que ocorre aqui começa lá, exatamente na faixa de fronteira, com todas essas facilidades. Os compromissos de campanha, pelo menos até este momento, não foram respeitados, porque nenhuma providência – eu estou dizendo: nenhuma providência – foi adotada pelo Governo Federal até este momento no que diz respeito a esses acontecimentos na faixa de fronteira”, situou. Aloysio Nunes fez questão de registrar que a escalada da violência deixou um saldo, nos últimos oito anos, de cinquenta mil pessoas assassinadas no Brasil. Na Guerra do Golfo, cerca de cem mil iraquianos morreram. O senador paulista se disse particularmente perplexo com a situação das cidades do entorno do Distrito Federal, retratadas pelo Fantástico: Águas Lindas, Luziânia, Valparaíso e Novo Gama. Em Luziânia, o índice é de 71 vítimas fatais para cada cem mil habitantes. Em Valparaíso, a mais violenta de todas, 76 vítimas para cada cem mil habitantes. Número de homicídios inferior apenas ao de Honduras, que, no ano passado, foi considerado o País mais violento do mundo. Aloysio Nunes também chamou atenção para a matéria do jornal O Estado de São Paulo, intitulada “Polígono da Violência”, numa referência a quatorze municípios do Pará, que superam 91 homicídios por cem mil habitantes.

“É a taxa mais alta do planeta. E é sintomático que esses números de violência exacerbada ocorram nas áreas de novas fronteiras econômicas, em que se misturam, num caldeirão efervescente, agricultores, pecuaristas, madeireiros, garimpeiros, carvoeiros, e revelam, acima de tudo, a ausência de uma política nacional de segurança pública, que leve em conta não apenas o crime organizado nas grandes cidades, nos centros urbanos, nas favelas, mas também as causas e consequências da violência nas pequenas cidades e nas regiões mais remotas do País”, enfatizou. Além da escalada da violência, o senador Aloysio Nunes também se pronunciou a respeito do Novo Código Florestal, que já está na ordem do dia do Senado, após ser aprovado na semana passada na Câmara dos Deputados, com ampla derrota do Palácio do Planalto.

Assessoria de Comunicação da Liderança do PSDB no Senado

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