sexta-feira, 10 de junho de 2011

FESTIVAL DAS ÁGUAS: Não foi tão gratuito assim...


O Festival das Águas, evento musical dedicado a celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente, realizado no último fim de semana, na Concha Acústica, fez a festa das empresas de produção artística da cidade. Foram gastos em cachês musicais, pagos pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal, cerca de R$ 1.120.000,00 (hum milhão e cento e vinte mil reais). Ainda faltam contabilizar outros cachês de artistas, que não foram, até o momento, divulgados.

Fica evidente que existem grandes distorções do preço real cobrado pelo artista e o da empresa produtora, quando fecha contrato com a Secretaria de Cultura. O cachê do cantor Zeca Baleiro, por exemplo, que gira em torno de 35 a 40 mil reais Brasil afora, saiu por 82 mil reais, pagos pelo GDF, para uma única apresentação no último domingo.  

Muito estranho, também, a intermediação de uma pessoa física de nome CARLOS MARTIN JUMENEZ BARREIRO, morador do Condomínio Vilage Alvorada 2, Quadra 03 Casa 02 – Jardim Botânico, que se encarregou de assinar contratos em nome da cantora Pitty e das bandas Skank, Ponto de Equilíbrio e Planta Raiz, tudo no valor de 342 mil reais (veja quadro abaixo).

Já alertamos, aqui, os recorrentes gastos com esse tipo de show, aparentemente gratuitos para quem assiste.  Isso, sem considerar a possibilidade de preços superfaturados, por falta de aferição governamental do quanto custa de fato os cachês dos músicos contratados. Ao final das contas quem paga mesmo é o contribuinte.

As Administrações Regionais vivem realizando eventos dessa natureza, inclusive sem expressão alguma. Só para se ter uma idéia, a Administração Regional do Gama, no mês passado, em parceria com a Secretaria de Cultura, realizou o “Rodeio Viola”. Foram gastos no evento 640 mil reais em cachês musicais. Para o governo, os eventos se transformam em um grande negócio de propaganda e marketing.

No caso do Festival das Águas, o meio ambiente agradeceria se esse dinheiro fosse empregado na manutenção e vitalização dos parques públicos e das áreas de proteção ambiental, hoje abandonados pelo descaso das autoridades governamentais.

Fonte: Brasília em OFF

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